domingo, 23 de outubro de 2011

A RIQUEZA DE MACAU...


...FICA COM QUEM????

A realidade da região evidencia sua riqueza mineral, cuja diversidade envolve metais ferrosos (tungstênio), materiais de uso na construção civil (areia, argila, cascalho, brita e rocha ornamental), rochas e minerais industriais, dos quais destacam-se: caulim, gipsita, calcário, mármore e sal marinho, e recursos minerais energéticos, como petróleo e gás natural.

Na Secretaria Estadual de Planejamento, encontramos os seguintes dados, extraídos do Plano Regional de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Assú.


Portanto, existem recursos que poderão garantir um excelente desenvolvimento que, caso seja planejado, poderão advir desses recursos, o que torna o Vale do Assú como uma região estratégica para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

Não é a toa que a principal fonte de recursos do município de Macau, e de todos os municípios produtores de Petróleo, vem dos Royalties. Em 2006, o Rio Grande do Norte assumiu o 4º lugar no ranking nacional dos Estados produtores de gas natural, com uma produção de 1.180,6 milhões de m3, correspondente a 6,67% do total produzido no País.
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Desde que se iniciou a produção de petróleo e gás natural no Estado, passaram a ser construída uma rede de dutos, através dos quais são transportados o óleo e o gás dos locais de produção ate o Polo Industrial de Guamaré, onde são processados e transformados em produtos de consumo destinados aos mercados nacional e internacional.

PONTOS POSITIVOS: o aumento no numero de emprego; a geração de renda, de impostos e o pagamento de royalties; a capacitação profissional e o desenvolvimento social

PONTOS NEGATIVOS: a derrubada de arvores nativas; a poluição em potencial; o mau cheiro onde se encontram os poços; a falta de clareza sobre os impactos gerados pela exploração marítima; a não existência de mão de obra local/regional qualificada para trabalhar na PETROBRAS; a capacidade de atrair imigrantes para as cidades, gerando pressão sobre os serviços urbanos; o comodismo das pessoas que vivem somente da renda auferida pela exploração do recurso mineral, por sinal finito, e não se qualificam para atuar em outras atividades.

PODEMOS CONCLUIR O QUÊ?

A partir da leitura do Plano Regional de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Assú, elaborado pelo Governo de Estado, que um dia a exploração do petróleo e gás vai acabar.

MACAU se tornou um excelente exemplo dessa situação. Não existe mão de obra qualificada na cidade e a maioria da sua população não tem sido absorvida pelas Petrobrás e pelas firmas que prestam serviço.

Os macauenses ocupam os piores cargos porque não estão qualificados para exercerem os melhores empregos.

ESSA SITUAÇÃO É RESPONSABILIDADE DO PREFEITO E DOS VEREADORES!!!!

POR QUE A PREFEITURA NUNCA INVESTIU NA FORMAÇÃO TÉCNICA DOS SEUS MORADORES? 

POR QUE OS VEREADORES NUNCA APRESENTAM PROJETOS QUE FOMENTEM O INVESTIMENTO PÚBLICO NA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA?
POR QUE OS VEREADORES NÃO PROPÕEM CONVÊNIOS COM O SISTEMA "S" PARA POSSIBILITAR A OFERTA DE CURSOS PARA A POPULAÇÃO? 


POR QUE INTERESSA AOS POLÍTICOS ATUAIS DA CIDADE MANTER A GRANDE MAIORIA DA POPULAÇÃO DEPENDENTE DOS CARGOS COMISSIONADOS?

QUANTOS CARGOS COMISSIONADOS EXISTEM NA PREFEITURA?

QUANTOS SÃO OS CONTRATOS PROVISÓRIOS QUE EXISTEM NA PREFEITURA?

EXISTE ALGUMA ONG OU OSCIP QUE INTERMEDIE ESSES CONTRATOS?


COMO PODEMOS SABER DESSAS INFORMAÇÕES?

ALGUÉM SABE DIZER? 
ESSA PODE SER UMA PISTA A SER INVESTIGADA E COMPARAR COM O GASTO DE UM CARNAVAL.

Em 2006, o arquiteto macauense, João Batista Carmo Júnior, realizou um trabalho que chamou “Casas de sal: os salineiros e a construção da periferia urbana da cidade de Macau-RN” (http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/02_eventos/coloquio2006/textos/joao_carmo_colquio06.pdf). 

Nele, tentou compreender o processo de produção da periferia urbana da cidade de Macau-RN e para atingir aos seus objetivos acadêmicos, aplicou um questionário sócio-econômico para traçar o perfil de 110 “antigos” e “novos” salineiros da cidade e este foi o seguinte:

Perfil sócio-econômico

A avaliação dos questionários aplicados aos salineiros e suas famílias demonstra um nivelamento das condições sociais e econômicas (...).
Com relação ao trabalhador – chefe da família –, é, predominantemente, do sexo masculino. No Grupo I, sua faixa etária é acima de 60 anos. Já no Grupo II, a faixa etária é menor, pertencente ao intervalo de 40 a 49 anos. O analfabetismo, com 78%, é marca característica no Grupo I. No Grupo II, este alarmante quadro foi, felizmente, revertido, pois 93% dos trabalhadores pertencentes a este grupo sabem ler e escrever onde 37% completaram o ensino médio.

Observando-se a questão econômica, verifica-se que as rendas de ambos os grupos baseiam-se em 1 ou 2 salários mínimos.

OU SEJA, MACAU TEM UMA POPULAÇÃO MISERÁVEL, EMBORA SEJA UM MUNICÍPIO RICO!!!

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